sexta-feira, 30 de maio de 2008

FuNk

Queridos Pecadores (ou não, ok?), eu, infelizmente (ou não!), confesso, gosto de Funk. Tem gente que só ouve em festas, tem quem diga: "Eu gosto só pra dançar!", Eu digo: "Eu gosto!". Há um tempo tenho prestado mais atenção na letra que na batida (que é, inegavelmente, contagiante). E cheguei a algumas conclusões, descobertas sobre mim e sobre o ritmo, as quais exponho abaixo.
Sobre os chamados "proibidões", que acabam falando de apologia a crimes e ao consumo de drogas, refletindo e contando a história desse "outro mundo", até mesmo chamado de "submundo”, esses eu desisti de procurar. Não por serem ruins, mas por perceber que me fazem sentir sem saída e sem enxergar soluções que levem ao fim da bandidagem e dos crimes nesse país. Crimes que nos deixam com medo de sair de casa depois que o sol se põe, como se existissem vampiros e eles saíssem a essa hora pra comer nossas criancinhas e, talvez, alguma coisa a mais. Percebo que o Funk é, literalmente, como “Música POPULAR Brasileira”, realmente, bem popular! Merece até as letras maiúsculas. Se, apenas, o "M" o "P” e o "B" estivem maiúsulos estariamos falando de outro tipo de música, não venham confundir!
Outras letras de Funk fazem você achar que a vida (de TODOS) é, completamente, relacionada a sexo, e, assim, nos fazem perder, completamente, a fé na humanidade. Divirto-me, mas até parece que para conseguir o que se quer é necessário um "CRÉÉU". Pode até ser que fique mais fácil. E se "ela quer, ela dá" é problema dela, se isso num me envolver! Já à parte do "ela quer, ela quer dar" não me interessa, a não ser que isso envolva o mendigo aqui. Provavelmente, se ela gostar de fazer num estilo "DIRTY", que é bem mais a minha cara, a cara das minhas roupas e a cara do meu banco de praça. Não podemos nos esquecer que algumas músicas de MPB (tinha que ser chamada de “MPCMB”, “Música Popular de Classe Média Brasileira”, ou “MPBCM”, Música Popular Brasileira da Classe Média, Não é uma ofensa a MPB tradicional, eu gosto! Só acho que o Funk está bem mais “popular”!) são eróticas, só que é necessário um ouvido mais "apurado" para ser entendida a "sacanagem". Em músicas estrangeiras é necessário o entendimento da língua (Quem nunca ouviu "My neck, My back, Lick my pussy and my crack”?). Talvez os gringos ouçam "Daco é bom, Daco é bom" e adorem, sem saberem do duplo sentido!
Umas letras, as do Funk "romântico” (se é que é possível serem chamadas assim!), além de contagiarem, animam o ambiente! Até ouvindo em casa fazem sentir-me em "clima de Festa". Essas são as que eu gosto, é como um “Romance Popular" contam histórias simples, com rimas, sem maldade.
Devo lembrar, tenho notado que a exposição, por tempo excessivo, às rimas pobres e comuns levam ao processo de "Emburrecimento". O vocabulário popular pode acabar virando mania, assim como, palavras como "boladão" (gírias) e erros simples de concordância, podendo ser introduzidas no dia-a-dia. Não que sejam um grande problema, mas conversar com quem os faz se torna irritante com o tempo, ler algo escrito dessa forma se torna cansativo. Nada que o MSN não possa fazer também, é um risco que corremos..
Deixo como desafio, eu nunca vi, mas espero conhecer, alguém que: ouça Funk com freqüência, não tenha seu vocabulário afetado e seja um intelectual (serve Bem-Sucedido)!Só num vale bem-sucedido no tráfico de drogas, assim fica muito fácil! Quero muito conhecer essa pessoa!
Acho que já falei tudo que queria. Por favor, ninguém tente me matar depois desse artigo até por que perder tempo pra matar mendigo é sacanagem, tentei ser fiel ao assunto, expondo meu modo de ver, reflexões e outras opiniões. Se alguém acha que o que meu gosto é trágico, não me mate! Pense assim: “Espero que ele viva muito pra sofrer sendo assim, gostando do que gosta!”.

Refeições grátis pra todos!

3 comentários:

Guzz disse...

Não mata toda a cachaça!!!!

Gostei da tua coragem para sair e falar assim abertamente uma coisa que todos com certeza (ou pelo menos a maior parte) vão te esculhambar por você defender.
Lembro que quando tinha 16 até 17 eu me proibia de ouvir pop, surf music, reggae e coisas mais softs... tinha cabelo comprido, raspava nas laterais da cabeça, tinha uma calça rasgada com paths de bandas, correntes e um coturno que mesmo se não calçasse ele me seguiria. É ridiculo, mas é assim mesmo. Eu gosto de Los Hermanos e nem em esquento que a minha mulher me esculhambe, gosto ouço e pronto ... afinal gosto não se descute, se lamenta, hehehehehe

Acho que os únicos caras que devem ouvir funk e se darem bem em termos de grana são produtores musicais e a própria Veronica Costa, a mãe loura, masnão descarto que eles devam ganhar uma percentagem com venda ou trafico de drogas ou sei la...

mas tem alguns funks que o ritmo com certeza é muito contagiante, mas prefiro ficar com o drum and bass e party house...

Thiago Lehmann disse...

sem duvidas.

mas você continua sendo um merda por realmente gostar dessa bosta.
tomara que você morra.

Nadezhda disse...

Gosto é gosto né!

Eu gosto de polca, mas muita gente odeia.

Eu não parei muito para prestar atenção no funk, mesmo porque as que eu tentei, a mesma frase é repetida várias vezes, então, desisti!

E a MPB é uma música pra classe média mesmo, como você disse ;)